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A Higiene oral na gravidez

A Higiene oral na gravidez
1 Dezembro, 2021

A higiene oral desde a gravidez

🦷 HIGIENE ORAL NA GRÁVIDA

A gravidez requer cuidados de saúde mais dedicados, no entanto muitas vezes a saúde oral é posta de parte. Os médicos dentistas ou higienistas orais tendem a ser evitados. Deste modo, as grávidas correm riscos de infeções que podem afetar não só́ a cavidade oral, mas o organismo em geral, e assim o bem-estar e a saúde são postos em causa. 

As mulheres grávidas são mais propensas à gengivite (inflamação da gengiva – com a gengiva inflamada e vermelha, dor e hemorragia). Esta pode surgir a partir da 8ª semana de gestação e atingir o máximo da sua gravidade às 32 semanas. Esta gengivite é, por norma, a resposta do organismo à placa bacteriana, agravada pelo aumento de estrogénio e da reação inflamatória. 

Uma resposta típica ao sangramento da gengiva é a proteção, não escovando eficazmente. Esse é um erro típico. A melhor ação deve ser uma boa higiene, com escovagem e fio dentário, de forma a não agravar ainda mais a gengivite.  Para além disto, a mulher grávida deve fazer consultas regulares no médico dentista/higienista oral durante a gravidez para controlo da sua saúde oral.

Recomenda-se que:

  • Utilize uma pasta dentífrica com quantidade mínima de flúor de 1450ppm;
  • Escove os dentes no mínimo 2x ao dia;
  • Utilize escovas de cerdas de dureza média;
  • Substitua a escova a cada 3 meses ou quando as cerdas se danificarem;
  • Complemente a escovagem com fio dentário, escovilhão ou jato de água.
  • Em caso de vómito, deve bochechar de imediato com água, para retirar a acidez que pode promover desmineralização dos dentes;

🦷 HIGIENE ORAL EM BEBÉS

Após o nascimento, a boca do bebé começa a ser colonizada por microrganismos. Se o crescimento destes não for controlado poderão no futuro causar patologias como a gengivite e a cárie dentária. 

A presença de microrganismos na cavidade oral surge antes da existência de dentes, estando os microrganismos localizados nas mucosas, (interior das bochechas, língua e gengivas). É por isso essencial manter uma boa higienização da boca do bebé. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀Para tal deve proceder-se à higiene das mucosas do bebé com uma massagem delicada com o auxílio de uma dedeira de silicone ou de uma compressa humedecida, após as refeições, de modo a remover restos de alimentos e o biofilme acumulado. ⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀Não é necessário aplicar nenhum tipo de produto para fazer esta higiene. Os materiais utilizados devem ser desinfetados após cada utilização. Esta massagem também contribui para um aumento da circulação sanguínea nas gengivas e alivia o desconforto comum associado à erupção dos primeiros dentes.

A maior parte das vezes os microrganismos que vão colonizar a boca do bebé têm origem na boca da mãe. O que por si só não seria um problema, a não ser que a mãe tenha uma fraca saúde oral. Para evitar esta transmissão, as mães devem: 

  • Evitar a partilha de utensílios;
  • Alterar as práticas de provar a comida (utilizar uma colher diferente daquela que vai ser utilizada pelo bebé);
  • Evitar contactos salivares (se a chupeta do bebé cair ao chão, a mãe deve lavar a chupeta em vez de a passar na sua boca como tentativa de “limpeza”);
  • Higienizar a cavidade oral do bebé;
  • A mãe e todos os que rodeiam a criança, devem também praticar uma boa higiene oral e adotar uma alimentação cuidada e saudável.

Nos primeiros meses de vida, a cavidade oral do bebé vai sofrer diversas alterações, as quais devem ser monitorizadas de modo que haja um desenvolvimento normal de todas as estruturas associadas. A implementação dos cuidados referidos anteriormente é a melhor forma de o garantir. 

Quando nascer o primeiro dente, deve iniciar-se a escovagem do mesmo com uma escova de cabeça pequena e cerdas macias, um “pescoço” curto e uma pasta dentífrica adequadas à idade. A quantidade de pasta que deve ser colocada na escova é equivalente ao tamanho de um grão de arroz cru. 

A manutenção de uma boa higiene oral e uma alimentação saudável, tanto materna como do bebé, são os principais métodos de prevenção de doenças orais. Cabe aos pais/cuidadores assegurar que a transmissão de cuidados de saúde oral, de modo que este seja futuramente capaz de os manter. 

🦷 HIGIENE ORAL EM CRIANÇAS

À medida que a criança vai crescendo, deve atualizar-se tanto a escova como a pasta dentífrica de modo que sejam adequadas à idade. O Odontopediatra ou Higienista Oral poderão recomendar os utensílios mais adequados caso-a-caso. Assim que houver dentes juntos na cavidade oral, sem espaço entre eles, deve iniciar-se a utilização do fio dentário, que pode ter um aplicador.

 A escova deve ser trocada de 3 em 3 meses, quando estiver danificada ou sempre que a criança estiver doente.

A higiene oral deve ser vigiada e reforçada pelos pais/cuidadores pelo menos até aos 8 anos, isto porque, até esta idade, as crianças não têm a destreza suficiente para realizar uma higiene oral eficaz de forma autónoma. 

 

Mafalda Faria
Higienista Oral da KidsandTeens


Kids and Teens – Clínica de especialidades pediátricas, Lisboa

 

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