O aparelho ortodôntico – ou simplesmente o aparelho – é um dispositivo médico utilizado para corrigir posicionamentos menos adequados dos dentes.
É constituído essencialmente por três partes: os brackets, que são as peças que se colam na superfície dos dentes; um arco metálico que une os brackets e se insere na ranhura presente nestas peças; e as ligaduras elásticas que permitem que o arco se mantenha em íntima relação com os brackets (salvo se o aparelho for autoligável, não necessitando então destas ligaduras).
O funcionamento do aparelho baseia-se em forças leves que o arco imprime, promovendo uma alteração na região de suporte de cada dente, levando assim a um processo de aposição/reabsorção óssea e a remodelação gengival.
Este processo permite que o dente se mova em determinado sentido sem qualquer dano, quer à estrutura óssea quer ao próprio dente.
Normalmente os brackets possuem informação específica para movimentar cada dente e, com a relação que estabelecem com o arco metálico, permitem que o ortodontista tenha controlo sobre a posição dentária.
De forma sucinta, o tratamento ortodôntico é constituído por três fases.
- Numa primeira fase, de alinhamento e nivelamento, o ortodontista nivela todos os dentes de cada arcada, colocando-os no mesmo plano e ao longo de uma curva a que corresponde a base do osso maxilar (nesta fase verifica-se logo uma grande melhoria a nível estético).
- Na fase intermédia, procura-se permitir que os dentes superiores e inferiores possam relacionar-se e contactar de forma correta.
- E por último, na fase de finalização, tentamos melhorar o posicionamento de cada dente de forma precisa, colocando-o na posição mais correcta a nível funcional, estético e também de estabilidade pós-tratamento ativo.
No final da fase ativa de tratamento o aparelho ortodôntico é removido e o paciente inicia a fase de contenção, na qual são usados outros dispositivos cuja função é permitir que o resultado do tratamento possa ser mantido tanto tempo quanto possível. Esta fase também requer uma atenção especial, de modo a garantir que se mantenham todos os resultados obtidos.
Para que todo o tratamento ortodôntico possa se desenvolver de forma adequada e atingir bons resultados – assim garantindo uma função, uma estética e uma estabilidade adequadas – é fundamental que o trabalho seja integralmente realizado por um profissional, médico dentista, com formação pós-graduada e especializada na área da Ortodontia, que poderá avaliar e diagnosticar o caso corretamente e desenvolver o tratamento ortodôntico propriamente dito da forma mais acertada.
Carlos Amorim
Medico dentista- Prática exclusiva de ortodontia
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